domingo, 22 de junho de 2008

Crenças Seculares



A história de uma noite afoita, amor,
não cala no silêncio acolhedor.
O que provoca a dor sem rendição
é o corpo em transe tal camaleão.

Não vou fazer de mim seja o que for
para agradar-te em cena e aí compor
uma mentira vil em comunhão
com teus desejos sempre em compulsão.

Mas não te assustes não, se me encontrares
ferindo crenças ditas seculares;
nada no mundo impede alguém de ser.

Serei assim enquanto houver luares
norteando os passos, sonhos e lugares
que eu possa ainda um dia conhecer.


© Márcia Sanchez Luz

4 comentários:

  1. CRENÇAS SECULARES

    (Não vou fazer de mim seja o que for
    para agradar-te em cena e aí compor
    uma mentira vil em comunhão
    com teus desejos sempre em compulsão.)

    Belo! esta sua estrofe, faz uma viagem na tua personalidade poética.
    Parabéns, você escreveu divinamente o vetusto secular.
    Efigênia Coutinho

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  2. Márcia,
    você pode tudo, nunca faltará luares para nortear a sua bela e maravilhosa poesia.
    Com muita admiração e respeito,

    Mauro Lúcio de Paula

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  3. Eis que só posso dizer: d e m a i s !
    Tudo nesses versos me remete a uma poetisa que abdica do direito inalienável de não ser, como sua poética, ela também l i n d a !

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