sábado, 30 de janeiro de 2016

Meu filho...

Para Bruno, meu amado filho

© Márcia Sanchez Luz

















Teu sono desde a infância sou quem vela
e mesmo antes eu já te guardava
naquele espaço onde fiz-me escrava
de teus desejos. Fui talvez capela!

Ao me sentir gestante fiz-me bela
e a todo instante te acariciava
dizendo bem baixinho uma palavra
para acalmar-te o medo das mazelas

que por ventura o mundo anunciasse
em teu caminho pela vida afora,
pois que sozinho a mágoa não demora.

E assim chegaste como se chegasse
o sol iluminando toda a flora
e anunciando a luz que quero agora.