sexta-feira, 2 de maio de 2008

Inalienável Veto

© Márcia Sanchez Luz


(imagem: http://www.celitomedeiros.com.br/)

Mero traço que no peito abraça,
abarca em brisas soltas teu sorriso,
mas em vão sequer protege meu achado
das rudes ventanias que destronam a paz!

Quero a semente que te aleita a vida!
Em forma de sustento, o alento é puro.
Se na semeadura teu lago é mais fundo,
que então teus grãos possam nutrir meus dias.

Secreto a ti meus mais parvos idílios!
Caprichos tolos, porém verdadeiros.
E na pujança de meus devaneios
espero a noite que me acorde os sonhos.

Estreitas brumas impelem-me a alma
a transgredir preceitos tão abjetos!
Pois que de tola já me basta a crença
de ser em mim inalienável veto.

3 comentários:

  1. Bravo Querida!!! Não só por esse maravilhoso poema, mas por todo o conteudo do seu blog....bjus

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  2. Quem pode duvidar desta escancarada verdade da Márcia?
    Simplesmente, não pode!
    Beijos, poeta.

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  3. Querido amigo Jorge, vejo em você, como sempre, um leitor atento e cuidadoso, que sempre me honra com seus comentários.

    Obrigada!

    Beijos

    Márcia

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