mas em seguida sinto que este amor
é idêntico na forma ao anterior:
idealizado, mais parece um mito.
Eu vejo que no amor tu és perito
assim como o poeta é fingidor:
inventas e acreditas num fervor
e dele fazes teu maior delito.
Não sei se vale a pena prosseguir
te amando como se verdade fosse
o que sentes por mim. Melhor partir,
fingir que os dois fingimos sentimentos,
que por palavras nós nos abraçamos
como se amantes fôssemos, invento.
Muito bom e gostoso de ler e sentir.Parabéns sempre.Bjs na alma.
ResponderExcluirObrigada por sua carinhosa visita, Zilda. Beijos.
ExcluirQuerida Marcia: para os indígenas, mito é realidade; o mito também é carregado de mistérios e pode até explicar as ações humanas em busca da verdade subjetiva. Gosto muito do senso do mistério que habita os seus sonetos. Parabens. Grauninha
ResponderExcluirMinha querida Grauninha, sempre digo que até os sonhos são realidade - a partir deles descobrimos tanto de nós mesmos! Assim é com o mito, pois que nos leva a questionar a realidade e entender o comportamento humano. Obrigada por vir abrilhantar este espaço e nos dar o prazer de sua companhia!
ExcluirBeijos carinhosos.
Eu vejo que no amor tu és perito
ResponderExcluirassim como o poeta é fingidor:
inventas e acreditas num fervor
e dele fazes teu maior delito.
Estomada Poetisa Márcia, este seu Soneto de hoje, é majestoso, e essa quadra acima deslumbrante, a cada dia eu me encanto mais com seus belos Sonetos.
PARABÉNS!
Aproveito para lhe desejar uma
PÁSCOA DE LUZ.
Eu viajo amanhã, ficando 15 fora.
Com carinho,
Efigênia Coutinho
Agradeço pelas palavras generosas e pelo carinho de sua presença, Efigênia. Feliz Páscoa junto aos seus, querida!
ExcluirBeijos.
"Eu vejo que no amor tu és perito
ResponderExcluirassim como o poeta é fingidor:
inventas e acreditas num fervor
e dele fazes teu maior delito".
Que bela estrofe, Márcia. Poesia bonita é o seu soneto.
Conte sempre com este leitor.
Abraço.
Urariano, sua presença é sempre motivo de alegria, viu? Obrigada pelo carinho de suas palavras.
ExcluirAbraços.
Sarava!
ResponderExcluirOtimo!
Super!
Beijos
Heitor de Pedra Azul
Hehehe! Obrigada! Como vai o trabalho aí na França?
ExcluirBeijos.
é um soneto interessantíssimo, clássico, em que nós nos perdemos no jogo especular entre ser e imaginar...
ResponderExcluirComo num espelho em que por vezes confundimos se o que vemos é o que realmente somos ou o que gostaríamos de ser... É assim que surgem os questionamentos e as transformações, não é mesmo? Obrigada por deixar seu brilho neste espaço e pela gentil e carinhosa mensagem.
ExcluirBeijos.
Oi prima,
ResponderExcluirGostei muito desse!
Beijo Grande.
Ronaldo
Ronaldo, que bom te ver por aqui, moço! Obrigada.
ExcluirBeijos.
Márcia, sua maestria com as palavras é encantadora. Gosto da sua poesia porque a sua objetividade é até assustadora, mas é linda. Parabéns!
ResponderExcluirMauro, obrigada pelo carinho de suas palavras. Nada melhor do que escrever sobre o que nos assusta, não é mesmo? É uma forma de exorcizar nossos temores ao invés de mascará-los... Adorei sua visita!
ExcluirAbraços.
Mi querida Marcia: Eres una gran experta en la composición de hacer sonetos. Una de las modalidades más difíciles en la poesía, pues además de la métrica y la rima llevan una gran carga de contenido poético. Los he leído todos. Supongo que al último a que te refieres es "Delitos de amor". Es un poema precioso lleno de desilusiones y reproches que nos llevan un mucho a la desconfianza amorosa.
ResponderExcluirTe felicito muy sinceramente.
Un abrazo
María Sánchez Fernández
María, obrigada pela leitura atenta que sempre faz de meus sonetos. Fico muito feliz com sua presença.
ExcluirBeijos.
Márcia, Márcia, é muito bonito!
ResponderExcluirNão me lembro que lesse coisa tão perfeita em arte e tão sugestiva, tão próximas da realidade.
Veja o soneto de Raimundo Correa, que igual é belo, e, como o teu marca um sentimento universal:
"Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!"
(Raimundo Correa)
João
João, obrigada! É uma honra receber este teu comentário!
ExcluirAbraços.
Mesmo sendo repetitivo, Márcia a expressão é "impecável", sobrepassando sua inigualável técnica pela profundidade dos conceitos. É universal, fala e cala fundo em quaisquer idiomas por tocar, cuidadosamente, na essência humana... As certezas geralmente imobilizam... as dúvidas, nos levam a patamares mais elevados da existência, mesmo quando "inventamos".
ResponderExcluirBeijos, minha querida amiga.
Você disse tudo, Caio. As dúvidas provocam mobilidade, mudança, crescimento, nos levando a questionamentos e, portanto, ao autoconhecimento...
ExcluirObrigada pela generosidade de suas palavras e pela carinhosa leitura deste soneto.
Beijos.
Querida, você tem a habilidade de falar de um único tema - amor - sem se repetir. Acho isso ótimo, porque é preciso ter muito fôlego e criatividade para tanto. E gostei muito dos novos visuais de seus blogs. Beijo carinhoso, Leila.
ResponderExcluirLeila, minha querida amiga, deve ser porque o amor é multiforme...rs... Obrigada pelo carinho de sua presença, que tanto me deixa feliz. Aproveito para dar-lhe, mais uma vez, meus parabéns pelo mais que merecido título de Doutora em Teoria Literária. Que venha o pós-doc!!
ExcluirBeijo carinhoso.
Márcia, você tem sempre alguma surpresa. Desta vez foi o muito bem feito desenvolvimento do poema, como se fosse uma história.
ResponderExcluirFico pensando quando este nome vai explodir!
Feliz Páscoa.
Beijos,
Jorge
A ideia do soneto é essa, Jorge - uma história contada em 14 versos. Que bom que gostou! Obrigada por seu carinho.
ExcluirFeliz Páscoa pra você e os seus.
Beijos.
"Gosto muito do senso do mistério que habita os seus sonetos." - Graça Graúna
ResponderExcluirMarcia,
Não resisti citar o comentário que nossa super Graúna fez sobre teu estilo. É exatamente o que acho. Teus poemas sempre chegam em boa hora e e fazem provocações no "imaginário" de quem te lê.
Grande abraço, meu carinho e admiração!
Gilia
Gilia, é impossível resistir às palavras de nossa querida Grauninha, não é mesmo? Ela é um ser de luz, assim como você! Penso ser fundamental que a poesia provoque...caso contrário, ela corre o risco de não ser transformadora.
ExcluirE você, grande maestrina, continua regendo?
Afetuoso abraço e muito carinho.
"Delitos de amar", que acabei de ler, é um excelente soneto, em sintonia com a qualidade a que me habituaste.
ResponderExcluirAproveitei para ler outras peças poéticas tuas, que idênticamente me encantaram.
Abraço afectuoso do amigo Eugénio
Caro Eugénio, fico feliz com sua visita e agradeço, de coração, por seu carinhoso comentário.
ExcluirAbraços.
Tu, sempre grandiosa em teus sonetos!
ResponderExcluirParabéns minha querida. Sou teu fã!!!
Beijo no teu coração e feliz Páscoa!
daufen bach.
Obrigada, Daufen! Aproveito para parabenizá-lo pelo blog, riquíssimo em conteúdo. É sempre muito bom quando encontramos pessoas como você, que divulgam e reverenciam o trabalho de escritores vivos.
ExcluirFeliz Páscoa junto aos seus!
Beijos.
Um presente pascal a todos nós. Grande abraço gaúcho.
ResponderExcluirFeliz com sua presença, Antonio.
ExcluirTenha, junto aos seus, uma abençoada Páscoa!
O início é tenso mas o final é maravilhoso, Márcia!
ResponderExcluirMeus parabéns, (perdoe-nos a redundância, rssss) querida escritora!
Feliz Páscoa!
Obrigada pelo carinho de sua presença, querida.
ExcluirBeijos e uma feliz e abençoada Páscoa junto aos seus!
Ôi, Márcia!
ResponderExcluirAnte a eterna dúvida sobre o sentir-se amado, a invenção do delito: Delito de amar. Muito bacana a sacada!
Abraços de Páscoa,
Rizolete
Melhor do que a invenção do delito é sua sensibilidade e inteligência para ir ao ponto central do soneto, Rizolete ;-)
ExcluirMuito obrigada por sua leitura atenta, querida.
Beijos e Feliz Páscoa!
Lindo, Marcia. Parabéns, minha poeta!
ResponderExcluirQueria um dia poder fazer um podcast com suas poesias. Acha viável/possível?
Um abraço carinhoso!
Daniel Amaral
www.amorepoesia.org
Obrigada, Daniel. Feliz com sua visita!
ExcluirQuanto ao podcast, vamos conversar, está bem? Agradeço pelo convite.
Abraços.
Que coisa linda Marcia! Parabéns pela competência e sensibilidade! Beijos
ResponderExcluirRita, obrigada pelo carinho de sua visita. Venha sempre. Beijos.
ExcluirMarcia: cada vez mais afiada na arte! Parabéns pelo soneto!
ResponderExcluirObrigada, Parreira! Parabéns pelo seu livro. Desejo que ele seja um sucesso!
ExcluirUm soneto bem escrito, que fez-me relembrar momentos extraordinários! Parece ter sido escrito para mim... Parabéns, poetisa!
ResponderExcluirNem vou falar da forma do seu soneto, Márcia, pois você e toda a torcida do Corinthians sabem que ela é um primor. Mas quando se olha pra esse conteúdo tão denso dos fingires inerentes ao amar, você vem e nos carrega pra dentro dele sem a menor cerimônia e mostra o que seria mas não é enquanto está sendo. E é desse universo desarrumado que temos medo; as probabilidades infinitas que você acena enquanto surfa em algumas abrem um horizonte onde os mais frágeis jamais se aventuram.Mas invejam.
ResponderExcluirAracéli querida, creio que a incerteza é o que nos move, mesmo que voltemos para o mesmo lugar e por mais assustadora que pareça... Gostei tanto de seu comentário (que aliás me deixou de queixo caído e emocionada) que o postei no Repercussão Literária.
ExcluirObrigada por sua leitura atenta e carinhosa.
Beijos.