© Márcia Sanchez Luz
(Img: Apanhador de sonhos - Vladimir Kush)
Durante meses, anos, se apagou
o brilho da poesia e da canção.
E descontente, então, o coração,
de luto e amarguras se inundou.
de luto e amarguras se inundou.
O fato é que esta dor já se arrastou
por muito tempo. Basta de aflição!
Não posso mais viver na contramão
de meus desejos – a emoção gritou.
Eu quero da tristeza estar distante,
sentir da vida a leve brisa infinda
que o peito e o corpo todo acaricia.
Como é cruel a dor dilacerante,
que mesmo nunca sendo ela bem-vinda
insiste em ser da vida companhia!
Parabéns Márcia! Belo soneto.
ResponderExcluirGrata pelo carinho de sua leitura, José Hilton.
ExcluirMárcia
A "dor dilacerante", às vezes não tanto, "insiste em ser da vida companhia". Mas, nessas contradições, a vida diz mais alto, "a leve brisa"...[que] "acaricia".
ResponderExcluirSim, Milton, a vida sempre deve falar mais alto, não importa o quanto doa... As contradições são necessárias – elas provocam questionamentos – para nosso crescimento espiritual.
ExcluirAgradeço imensamente por sua visita e comentário.
Abraços
Márcia
Parabéns, querida Márcia, pela inundação da poesia em sua vida. Paz e bem, Grauninha.
ResponderExcluirObrigada por todo o seu carinho, minha querida Grauninha.
ExcluirPaz e bem pra você também!
Beijos
Márcia
pois o acontecimento de seu soneto sempre é um grande evento
ResponderExcluirO grande evento é sua presença, Rogel!
ExcluirObrigada por ter vindo.
Forte abraço
Márcia
"Como é cruel a dor dilacerante,
ResponderExcluirque mesmo nunca sendo ela bem-vinda
insiste em ser da vida companhia!"
Soneto maravilhoso em que a poetisa nos diz do seu regresso ao que ela ama - a poesia - mas porque sabe que o poeta só é bem grande se for triste! - sabe que terá a dor como companhia, como tão bem diz neste terceto!
Lindooooo, amiga.
Carinho.
João, costumava pensar que para poetar era preciso estar triste, mas descobri que isso também é possível na alegria. Diria, assim, que para escrever é preciso ter sensibilidade e ver o mundo de um jeito diferente das pessoas...neste sentido, concordo inteiramente com você, pois o poeta tem uma tristeza dentro de si, exatamente por ver a vida sob outro prisma...
ExcluirMuito obrigada por sua atenta leitura.
Márcia
Recebido por email...
ResponderExcluirBonito. Tens pendores poéticos , graça de que poucos dispõe. Eu tenho centenas de sonetos. Vou tentar enviar um: A Grande Mentira.
Lino Vitti
Caro Lino Vitti, A Grande Mentira é uma assustadora verdade e um belíssimo soneto. Certa vez você me enviou este soneto e o publiquei, com sua autorização, em um de meus blogs, veja: http://marciasl2001.blogspot.com.br/search?q=a+grande+mentira
ExcluirObrigada pelo carinho da leitura.
Forte abraço
Márcia
QUERIDA MARCIA SEUS POEMAS SÃO SEMPRE UMA LUZ NA ESCURIDÃO
ResponderExcluirBEIJOS BETO
Obrigada, Beto! Saiba que suas palavras me deixam muito feliz!
ExcluirBeijos
Márcia
Márcia,
ResponderExcluircomo são belos os teus sonetos, mesmo quando fala da dor dilacerante que nunca é bem-vinda, mas sempre insiste na nossa vida. Parabéns, principalmente pelo retorno à poesia e ao blogue!
Mauro, a dor é nossa companheira apesar de nunca ser bem-vinda... Por outro lado, é através dela que aprendemos muita coisa, não é mesmo?
ExcluirObrigada por sua presença.
Márcia
Bellísimo poema... Llega al alma...Felicitaciones, amiga...
ResponderExcluirFico feliz demais em saber que “Limite” tocou sua alma, Graciela!
ExcluirObrigada pelas palavras e pelo carinho de sua visita.
Márcia
Márcia, desnecessário falar da forma, o que tantas vezes fiz, aplaudindo. O soneto pega forte, o basta às ilusões tem sempre de ser definitivo.
ResponderExcluirTodavia, o preço do desejo libertário é sempre elevado, nas suas múltiplas consequências. Você nos apresenta um libelo e, com ele, uma lição de vida. Esta é curta, só há que insistir em que seja plena e valha a pena. Insitir em querer "da tristeza estar distante, sentir da vida a leve brisa infinda"...
Beijos, minha amiga.
Sim, Caio...a vida sempre tem de valer a pena, por mais que tenhamos de pagar por nossas escolhas...
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de suas palavras.
Beijos
Márcia
Cada dor nos faz valorizar a vida...
ResponderExcluirBeijo Lisette.
Querida poetisa Márcia,
ResponderExcluirSerá a dor curso intensivo
na estrada do compreender
na emoção o halo mais vivo
que ao doído faz viver?
Aplausos ao teu belo soneto.
Fica com o abraço carinhoso e fraterno da
Regina Coeli/Rio de Janeiro/RJ.
Lindo soneto.... Parabéns
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