Viver nos tempos modernos...
© Márcia Sanchez Luz
Para Manoel de Barros
(19.12.1916 - 13.11.2014)
O vento sopra como se
mistral
fosse o presente tempo:
decomposto
por vibrações de um
átomo disposto
em forma ou natureza
fractal.
Procuro uma resposta pra
este mal
(que invade o ser humano
predisposto
a não mudar o que lhe
foi proposto)
e mostra o mundo já no
seu final.
É o fim dos tempos onde
a paz crescia
e nos norteava o dia que
seguia
sem tantas mágoas a nos
ofertar.
É duro ver o mundo em
movimento
inverso e nos trazendo
mais tormento
com tanta
vida em torno a se apagar.
Belo soneto, Márcia, este seu dedicado a ele que teve longa vida cheinha de poesia
ResponderExcluirÉ difícil escolher um soneto para dedicar ao Manoel de Barros, João! Fico honrada com sua presença e agradeço por seu carinho.
ResponderExcluirUma bela homenagem a um poeta que soube tirar da natureza ordenada o seu maior significado, a essência da vida nos detalhes. Pelo que compreendi a realidade nasce e se recria eternamente...assim o poeta não se perde pois de novo sua alma vibrará nas coisas tangíveis e intangíveis.
ResponderExcluirUm abraço
Dá uma tristeza infinda quando perdemos uma referência, querida Guaraciaba... Você tem toda razão! E creio que era assim que Manoel de Barros sentia a vida e a morte.
ResponderExcluirUm terno abraço,
Márcia
Márcia, se me permite: gosto em parte do soneto, pois achei a primeira estrofe muito conceitual, o que vai no sentido oposto da poética de Manuel de Barros. Também escrevo. Depois ele vai se diluindo e o tempo nele, e isso fica bacana... um desaparecer... Luis Estrela de Matos
ResponderExcluirÉ uma honra tê-lo aqui, Luis. Estamos em constante aprendizado e considerações como a sua nos fazem crescer através da reflexão... Agradeço por sua gentileza e espero que volte sempre que puder e quiser.
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