Para Bruno, meu amado
filho
© Márcia Sanchez
Luz

Teu
sono desde a infância sou quem vela
e
mesmo antes eu já te guardava
naquele
espaço onde fiz-me escrava
de
teus desejos. Fui talvez capela!
Ao me
sentir gestante fiz-me bela
e a
todo instante te acariciava
dizendo
bem baixinho uma palavra
para
acalmar-te o medo das mazelas
que
por ventura o mundo anunciasse
em teu
caminho pela vida afora,
pois
que sozinho a mágoa não demora.
E
assim chegaste como se chegasse
o sol
iluminando toda a flora
e
anunciando a luz que quero agora.