quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Soneto em memória de Domingos Montagner

Img: Google















© Márcia Sanchez Luz

Quero viver neste mundo
como quem vive um só dia:
cada fração de segundo,
fugaz como a estrela-guia.

Não sei se o solo é fecundo,
nem se a noite se atavia.
Porém sigo e me aprofundo
no sentir que me alicia.

Do pranto que me entristece
sugo as lágrimas que correm
dos olhos de um querubim.

Já do canto que enternece
sorvo as delícias que escorrem
de um coração arlequim.


8 comentários:

  1. Lindo, Márcia. Muito profundo. Parabéns pela sensibilidade.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grata pela leitura, "Desconhecido". Gostaria, porém, que você se identificasse...

      Excluir
  2. Uma verdadeira e expressiva homenagem representativa de quem soube captar a essência do artista que com seu talento e humanidade soube cativar o Brasil inteiro.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  3. Soneto manso carinhoso de alta sensibilidade... Muito bem florido com palavras simples e belas...

    ResponderExcluir
  4. Obrigada, Duda. Estava passeando em sua página do G+ e gostei muito do que vi. Beijos

    ResponderExcluir
  5. Bonito soneto, cara poeta Márcia. Direto e expressivo, tem a sua indelével marca.
    Abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigadíssima, Jorge. Fico feliz com sua visita e comentário e, sempre que puder e quiser, volte. Abraços

      Excluir