sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Dor Silente


Imagem do Google

Vivemos nosso amor estranhamente,
como crianças que no olhar se afagam
e se entretêm em sons e ali propagam
a lente do querer de antigamente.

Vivemos neste amor a dor silente:
desejos feito barcos que naufragam
tal como sonhos que no fim deságuam
na imensidão do mar ambivalente.

Amamos como dois mandarins novos,
com flores perfumando sonhos nossos
e nos trazendo o som da valsa eterna.

E deste amor que atrai e não descasa
irei guardar o afeto que extravasa
pureza do sentir que desgoverna.

© Márcia Sanchez Luz

13 comentários:

  1. CERTAMENTE A SUA POESIA VAI GANHANDO, CADA VEZ MAIS, A QUALIDADE CLÁSSICA DOS POETAS ANTIGOS, COM A MUSICALIDADE LIVRE DOS POS-MODERNOS. MUITO BOM, ROGEL SAMUEL

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  2. Cara Márcia,

    É com muita alegria que recebo teu Soneto. Ah, Sonetos, que parecem um sol no ocaso. Belos, mas se terminando na noite dos maus poemas.
    Ainda existem poetas como você que cultivam esta modalidade. Não digo que versos livres sejam maus versos, não! Mas sempre cri que os poetas deveriam começar por poesias mais clássicas para depois passarem para outros estilos.
    Parabéns, mais uma vez.
    Este é um lindo soneto , sem dúvida, pela forma, pelo conteúdo, pelos vocábulos bem colocados e as rimas perfeitas.
    Abraços,
    Mário Scherer

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  3. É sempre uma prazer ler seus belos sonetos, a cada dia vejo um nascer diferente de sua alma poeta.
    Meus cumprimentos a você Márcia, desejando sempre muito SUCESSO, sua amiga,Efigênia Coutinho

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  4. Um soneto com rimas lindas o que particularmente me agrada sabes disso. Estas Márcia a caminho da perfeição e com o nome muito próximo a nomes famosos na literatura brasileira.

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  5. Enfim um dia de sol: a postagem de mais um de seus sonetos. Beijos, Leila

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  6. Márcia, li em Poetas del Mundo "Dor Silente", não poderia deixar de dizer que me encantou. Sua sensibilidade poética transparece nas palavras que fluem como magia para soltar as dores que vão em nossa alma, as deixa voar ao infinito para que todos a toquem e sintam e possam dizer o que não sabiam como. Parabéns!
    E obrigada pela linda poesia.
    Abraços

    Lucy Nazaro

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  7. Olá Marcia...
    visitando-te pela primeira vez, na verdade segunda vez, tenho teu blog adicionado aos favoritos.

    Tua poesia é magnifica...vi que prefere os sonetos, particularmente também os prefiro, uma das formas mais linda de poesia.

    Foi um prazer estar aqui.

    Abraço.

    daufen bach.

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  8. O amor é tudo que vivemos estranha e silenciosamente nas nossas vidas incomuns e ruidosas.
    Nossos sonhos são pedaços da nossa alma que iluminam nossos pensamentos. Talvez seja nestes instantes que nasçam os nossos melhores sentimentos e brotem versos silentes e doces como frutos de cristais, gritos, vôos e liberdade.
    Lindos os seus poemas.

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  9. Não esqueço de você, Márcia. Vim ler mais aqui e sem surpresa alguma encontrei suas formas corretas e ponderadas, sem surpresa alguma tive os agrados que uma boa leitura confere.
    Sua dor silente me faz simpatizar com esta maneira sua de sofrer em grande estilo. Mas não há como haver surpresas, nem do leitor que sabe o que esperar e de fato encontra o esperado, nem de sua parte, ao ter notícia de minha incondicional apreciação.
    Sem novidades, portanto. Que assim continue, que tá é bom assim.

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  10. Oi Marcia!!

    Que lindo teu blog! Fui na tua página do Arte te visitar, e vim conhecer este teu lugar lindo!! E que poema intenso no todo do sentir!!
    Adorei!
    Posso colocar um link teu no meu blog?
    Beijão
    Beatriz Prestes - Bea

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  11. Boa tarde querida Márcia, fazendo uma visitinha de agradecimento pela sua passagem ao meu novo espaço, que certamente , sua pessoa e poesia vai fazer parte dos amigos poetas. Obrigada, com admiração,
    Efigênia

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  12. Marcia, poetamiga: os sonetos não saíram da validade..rsrsrs, e os bons sonetos iguais a este seu têm lugar cativo na cabeça e no coração da gente.Bjos de luz, Grauninha

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