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O amor é tão perfeito quando durmo,
que mal me dá vontade de acordar!
Mas não tem jeito – o dia vem soturno
e o sonho acaba. É duro acreditar.
O amor no sonho é como o deus Saturno,
num farto, afoito e intenso festejar;
o adeus ao laço – algoz e taciturno –
que avilta, agride e evita o libertar.
O amor de sonho é sempre um aconchego;
permite ao colibri (que não descansa)
um beijo à flor que finge desapego.
Amor assim é sábado constante;
acalma o que guardado a dor alcança
e afasta a realidade lancinante.
© Márcia Sanchez Luz
que mal me dá vontade de acordar!
Mas não tem jeito – o dia vem soturno
e o sonho acaba. É duro acreditar.
O amor no sonho é como o deus Saturno,
num farto, afoito e intenso festejar;
o adeus ao laço – algoz e taciturno –
que avilta, agride e evita o libertar.
O amor de sonho é sempre um aconchego;
permite ao colibri (que não descansa)
um beijo à flor que finge desapego.
Amor assim é sábado constante;
acalma o que guardado a dor alcança
e afasta a realidade lancinante.
© Márcia Sanchez Luz
Márcia
ResponderExcluirNos sonhos tudo é tão perfeito... E ainda dizem que viver é melhor que sonhar...
beijos
Um leve, agradável e muito bem escrito soneto. Márcia tem segurança no que escreve. Beijos.
ResponderExcluirJorge Cortás Sader Filho
O amor do sonho
ResponderExcluirterno doce feliz
pena ter que acordar
quando o relógio diz
o dia já chegou
teu sonho acabou
Amiga Márcia que seus sonhos nunca acabem. Pois nesse seu universo sonhar é preciso viver bem......
Bom dia Márcia, que neste dia da poesia, nos brinda com um belíssimo Soneto, meus cumprimentos,
ResponderExcluircom admiração
Efigênia Coutinho
"...que seja eterno enquanto dure" o amor e o sonho. Parabens pelo dia de hoje e sempre. Bjos, Grauninha.
ResponderExcluirAlô, belo poema, quem bom foi visitar,
ResponderExcluirNão me acorde, não, tema noturno,
Deixe-me sonhar, como acontece,
em sonho, neste sábado taciturno.
Dormir, sonhar, acordar: uma trilogia inevitável. Mas sonhar com um "amor aconchego", depois da visita do "deus Saturno" e ainda abrandar a "realidade lancinante" é uma sugestão irrecusável!
ResponderExcluirAplaudo!
Gilia
Dormir, sonhar, acordar: uma trilogia inevitável. Mas sonhar com um "amor aconchego", depois da visita do "deus Saturno" e ainda abrandar a "realidade lancinante" é uma sugestão irrecusável!
ResponderExcluirAplaudo!
Gilia
Nada mais comemorativo e doce quanto um poema teu para lermos no dia da Poesia. Parabéns, querida Márcia. É um prazer visitar seu blog.
ResponderExcluirUm beijo e Feliz Dia da Poesia!!
Chris
Oiii Márcia Que esplendido soneto. Como sempre, técnica perfeita e o desenvolvimento do tema com muito talento. Maravilhoso. Vc , hoje, é uma das mais perfeitas sonetistas que conheço. Tiro-lhe o chapéu! Beijos mil
ResponderExcluirOiii Márcia Gílio é Manoel Virgílio! E vc tem uma amiga, Gília!!!! Coincidência. Bjs mil
ResponderExcluirO amor de verdade é interplanetário... Ah, Márcia, esse seu tempero espacial tem os pés na Terra e o coração na Lua, bem amada do Sol.
ResponderExcluirBeijos
Bom dia amiga,
ResponderExcluirPara além da enorme inspiração que faz deste soneto um daqueles lindíssimos que tenho lido, o que muito me agradou também foi a métrica irrepreensível das 10 sílabas, o rimar da 2ª quadra com a 1ª (já não são muitos os que se atrevem...)a mostrar que és uma verdadeira artista do soneto.
Sei do que falo e dgo-te que o que mais me custa é ver outras pessoas (e são tantas!) a "assassinar" sonetos nestes aspectos.
Os meus parabéns, querida amiga, e força para continuares com estas pérolas!
Um beijo
Joaquim Sustelo