Não gosto de falar do que é banal
nem sei gostar do paladar imposto
(que altera a face do sabor composto
da vida em sua forma natural).
Não gosto de falar do que é causal
se não puder sanar o mal exposto;
nutrir a dor que transfigura o rosto
é perigoso, além de irracional.
Na vida busco sempre alternativas
que me assegurem o pulsar das veias
e me garantam sobras, se à deriva.
Assim o vento chega como brisa,
a dor imensa fica suportável
e a causa do tormento se ameniza.
nem sei gostar do paladar imposto
(que altera a face do sabor composto
da vida em sua forma natural).
Não gosto de falar do que é causal
se não puder sanar o mal exposto;
nutrir a dor que transfigura o rosto
é perigoso, além de irracional.
Na vida busco sempre alternativas
que me assegurem o pulsar das veias
e me garantam sobras, se à deriva.
Assim o vento chega como brisa,
a dor imensa fica suportável
e a causa do tormento se ameniza.
© Márcia Sanchez Luz
O pulsar das veias, sempre!
ResponderExcluirDesta vez Márcia não foi só a poeta consagrada. Falou claramente o que pensa da vida.
ResponderExcluirBeijos.
Márcia valoriza o soneto sem enfeitá-lo com firulas e lantejoulas, menos ainda metê-lo numa fôrma.
ResponderExcluirDeixa que flua, sustenta o ritmo com delicadeza e deixa, às palavras, espaço para que se acomodem cúmplices, como que escondendo segredos. Em "Atitude", os de uma lição de vida.
márcia amada, é sempre uma delícia visitar o seu imaginário, visitar suas idéias e deparar com o imaginário de seus convidados.
ResponderExcluirmilhão de beijos. urha
Lindo! A imagem combina com a palavra e tudo combina com sua atitude perante a vida.
ResponderExcluirMárcia, gosto muito do seu trabalho e ele só é bom porque você é uma pessoa que está sempre em busca do melhor.
Parreira, feliz com sua visita, aproveito para agradecer pelo comentário deixado no site da Protexto.
ResponderExcluirObrigadíssima! Sempre!
Beijos
Márcia
Jorge, já estava com saudades dos seus comentários ;-)
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de sempre!
Beijos
Márcia
é um sincero e profícuo modo de ser, em se podendo.
ResponderExcluirCaio, os segredos estão guardados nas "gavetinhas de Dalí" ;-)
ResponderExcluirVocê sempre me emociona com suas palavras, viu? Este comentário já tem lugar reservado...
Obrigada.
Beijos
Márcia
Urha, que bom que você veio!
ResponderExcluirCostumo dizer que os comentários de meus convidados é que fazem de cada poema uma joia rara.
Obrigada pela deliciosa visita.
Beijos carinhosos
Márcia
Puxa, Mônica, isto é para guardar no coração! Assim você me comove demais, querida.
ResponderExcluirObrigada por seu carinho e seja muito bem-vinda. Sim...volte sempre!
Beijos carinhosos
Márcia
A gente pode...é só tentar ;-)
ResponderExcluirObrigada pela visita, poetamigo Adroaldo!
Beijos
Márcia
Oi querida, passei por aqui, li sua Atitude que eu já conhecia e te mando um beijo carinhoso. Leila
ResponderExcluirLeila querida, obrigada por ter vindo, mesmo já conhecendo "Atitude".
ResponderExcluirValeu. E muito!
Beijos muitos, com carinho
Márcia
Márcia, adorei o poema. Faço minhas as palavras do Caio Martins sobre a tua poética.
ResponderExcluirMas observe esses comentários:
"Não gosto de falar do que é banal
nem sei gostar do paladar imposto"
Pois é, Márcia, da cidade da banalidade a fofoca é a prefeita...
"Não gosto de falar do que é causal
se não puder sanar o mal exposto"
Melhor deixar esses tipos de assunto pra falarmos só com nossos Psicólogos; eles têm os métodos para trazer as causas à tona e ajudar a lidarmos com o mal que se expõe
"Na vida busco sempre alternativas
que me assegurem o pulsar das veias
e me garantam sobras, se à deriva"
Fora da exatidão da física, nem sempre a menor distância entre dois pontos é uma linha reta; na vida aventuramos por quebradas, estradinhas vicinais para chegarmos ao ponto desejado. Leva mais tempo, mas normalmente a paisagem é mais bonita
"Assim o vento chega como brisa,
a dor imensa fica suportável
e a causa do tormento se ameniza"
Taí a metáfora da grande meta dos homens de bem, sem ganância, que só almejam levar uma vida dígna, desfrutando das coisas simples e essenciais como a brisa, o calor humano: bálsamos que amenizam as dores
Parabéns pelo belíssimo soneto repleto de filosofia & lirismo, Márcia
Beijão do Chico
Marcia,
ResponderExcluirPessoas especiais, como você, jamais conseguirão falar ou escrever coisas banais ou casuais!
Aplaudo, mais uma vez, um poema seu.
Abraço,
Gilia
Não gosto de falar do que é banal
ResponderExcluirGrande Márcia, outro soneto profundamente reflexivo, onde já na primeira frase diz o que é uma realidade sua e minha, tenho sim, pavor de banalidades, coisas frívolas.
Todas as alternatyivas, são na verdade, sempre ás mais acertadas das atitudes do ser humano.
BRAVO POETA!
Efigênia Coutinho
Chico, estou boquiaberta...rss... Você inicia os comentários de forma hilária e, no final, metamorfoseado, dá a sentença final! Adorei!
ResponderExcluirObrigada pelo carinho com que trata meus sonetos, poetamigo.
Beijão
Márcia
Obrigada, minha querida Gilia!
ResponderExcluirVocê também é uma pessoa muito especial e cheia de luz.
Beijos, com carinho
Márcia
Efi querida, é tão bom quando encontramos pessoas com a mesma visão de mundo! A gente se sente menos só nesta vida.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de sempre.
Beijo carinhoso
Márcia
Belíssimo ritmo. Métrica impecável. Fecho de ouro. Tema instigante. Tudo resultou num soneto primoroso.
ResponderExcluirUm beijo
Parabéns!
Prossiga!
do amigo de sempre
Airo Zamoner
Márcia,
ResponderExcluirMuito linda a sua "Atitude", a sua alternativa diante da vida! Sem banalidades, sem irracionalidades! Assim o pulsar das veias, assim a brisa, assim se ameniza a dor!
Muitos beijos,
Leninha
Airo, obrigada por sua presença e pelo carinho costumeiro de suas palavras.
ResponderExcluirUm beijo
Márcia
Leninha querida, que gostoso te ver por aqui!
ResponderExcluirObrigada por ter vindo e deixado seu carinho registrado. Volte sempre, tá?
Beijos carinhosos
Márcia
poema seu é sempre completo, perfeito, lindo
ResponderExcluirE comentário seu é sempre uma honra, querido Rogel.
ResponderExcluirObrigada.
Beijos
Márcia
Belíssimo poema, cara Márcia! Gostei de tudo, da cadência e ritmo, das imagens, da luz suave que impregna as letras (parecem cintilar, suavemente, as palavras!). Deixo meu abraço alado, o convite para que vás conhecer meu espaço de azuis, e votos de um ano pleno de poesia! Tomarei a liberdade de linkar teu blog lá no meu, ok?
ResponderExcluir"À deriva..."
ResponderExcluirRealidade.
Márcia,
ResponderExcluirque sabedoria esta sua de não ficar agarrada a enroscos!
Sem mencionar o domínio da forma, numa expressão solta, do jeito que se fala com as pessoas.
Bom de ler e bom de pensar depois.
Abraço da Aracéli.
Analuka, seu blog é muito lindo, viu? Também já fiz o link por aqui.
ResponderExcluirObrigadíssima por seu carinho.
Barbara, grata pelo registro de sua visita. Volte sempre!
Aracéli, um passarinho me contou que você esconde preciosidades...rss... Vamos lá, moça, quero ler seus poemas!
Fiquei feliz demais com seu carinho. Venha me visitar sempre que puder e quiser, está bem?
Beijabraços, com carinho,
Márcia
A característica fundamental da poesia pra mim ´a INTENSIDADE. O teu soneto é todo intenso. Lindo, Marcia!
ResponderExcluirMÁRCIA, HE RECORRIDO TU POESÍA Y ES MUY BELLA Y DE GRAN CALIDAD
ResponderExcluirNOS LEEMOS
UN BESO
FERNANDO