Não há porque cobrar de ti, amor,
o que tampouco posso dar de mim.
Posso porém pedir, veja-me assim
como semente forte em viço e cor
a alimentar teus sonhos de Pierrô,
quem sabe até quimeras de Arlequim
(todo vestido em tiras de cetim)
que após sorver um gole de licor
recobra forças antes escondidas
e vai atrás da amada Colombina
pra declarar, mesmo em total silêncio,
o afeto que era febre adormecida
(por falta de uma antiga lamparina)
e que hoje queima feito fogo intenso.
© Márcia Sanchez Luz
o que tampouco posso dar de mim.
Posso porém pedir, veja-me assim
como semente forte em viço e cor
a alimentar teus sonhos de Pierrô,
quem sabe até quimeras de Arlequim
(todo vestido em tiras de cetim)
que após sorver um gole de licor
recobra forças antes escondidas
e vai atrás da amada Colombina
pra declarar, mesmo em total silêncio,
o afeto que era febre adormecida
(por falta de uma antiga lamparina)
e que hoje queima feito fogo intenso.
© Márcia Sanchez Luz
Márcia, Márcia, Márcia...
ResponderExcluirMagistral! A qualidade técnica me deixa boquiaberto! A música, a leveza, o romantismo, a doçura que você tem como pessoa, estão aí vazando pelas palavras tão bem escolhidas e versos tão bem arquitetados.
Um beijo grande
Airo Zamoner
oLÁ Márcia.
ResponderExcluirGostei do teu poema, MASCARADAS.Belas imagens e essa mistura de febre, fogo, calor maciez e paixão.
Depois gostei pelo continuum de frase sem aquelas maiusculas de iniciar toda linha. Também gosto do jeito com que você permite o entendimento direto da obra deixando a frase correr solta.
Pena que poemas e escritos não fazem a cabeça das pessoas.
Oi
ResponderExcluirVoltei para convidá-la a visitar p sitio www.paginadeideias.com.br
Lá encontrará algumas obras minhas para download gratuito via PDF.
até
Querida Márcia, já nos habituamos aos seus sonetos, onde
ResponderExcluirele possui uma estrutura lógica com uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão, constituída pelo último terceto; esta última com "chave-de-ouro".
BRAVO!!!
Com admiração e respeito sua amiga e FÃ, Efigenia Coutinho
A magia ddos três enche a poesia de poesia. Você acerta ao falar de amor através do triângulo amoroso. Gostei muito. Muito obrigada por sua presença. - Você enconttra meus blogs em www.gahmaria.blogspot.com
ResponderExcluircom carinho
um abraço
gláuciaquadros
"Não há porque cobrar de ti, amor,
ResponderExcluiro que tampouco posso dar de mim."
Márcia tem, mais que a propriedade impecável da forma, a pertinência do conteúdo. Começa forte e, suavemente, diz do amor, o que o amor atende e entende:
"...o afeto que era febre adormecida
[...]
e que hoje queima feito fogo intenso...
Um privilégio, conhecer sua obra.
Inteligente soneto,e lindamente fala do amor...Bjs no coração.
ResponderExcluirMárcia,
ResponderExcluirgostei especialmente da mudança após um pequeno gole de licor. Que ativa o imaginário, e o faz ir com tudo para o teste do que sonhou. Já dizia Einstein que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Você tem razão. Pra amar é preciso coragem. Belo soneto, amiga!
Beijo
da
Aracéli.
Márcia aparece um pouco diferente, sem com isso deixar de dar vida ao soneto.
ResponderExcluirPara mim está cada vez mais difícil comentar. Peças acabadas não se comentam.
São admiradas!
Beijos,
Jorge
Requinte e esmero
ResponderExcluirDelicioso roteiro
Airo, sua presença neste espaço é uma honra e motivo de alegria imensa.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho aqui deixado.
Beijos
Márcia
Coelho de Moraes, é um prazer recebê-lo aqui. Agradeço por sua cuidadosa leitura e pela gentileza do comentário. Fui conhecer seus espaços e garanto que voltarei mais vezes.
ResponderExcluirMárcia
Efi querida, fico muito feliz em ver você em meus espaços virtuais, pois também me habituei a receber seu carinho literário. E a AVSPE continua a toda, crescendo a cada dia. Parabéns e obrigada por ter vindo!
ResponderExcluirBeijos carinhosos
Márcia
Gláucia, nada como falar de Colombina, Pierrot e Arlequim para dizer do amor, não é mesmo?
ResponderExcluirObrigada por vir e deixar sua presença registrada.
Beijos
Márcia
Caio, que bonito isto que você diz! Já lhe falei que suas palavras sempre me deixam comovida, mas sempre é bom reafirmar o que sinto.
ResponderExcluirObrigada pela honra de vir, mais uma vez, abrilhantar "O Imaginário". "Poemas" está ainda mais lindo!
Beijos
Márcia
Obrigada, Zilda.Fico muito feliz com sua presença, viu? Venha sempre!
ResponderExcluirBeijos
Márcia
Aracéli querida, adorei seu comentário - sempre inteligente e repleto de bom humor. É vero...a imaginação acaba nos levando ao conhecimento, a vivenciar sonhos. E é preciso muita coragem para amar, ou melhor, para o amor...rss... De qualquer maneira, com ou sem licor, ele acontece ;-)
ResponderExcluirBeijos carinhosos
Márcia
Jorge, agora é você a me nocautear? Assim fico sem graça, viu? Quanto a aparecer diferente, acredito que seja assim com todos nós...tudo depende do enredo que se cria.
ResponderExcluirObrigada, amigo.
Beijos
Márcia
Obrigada, poetamigo Adroaldo. Saiba que sua presença é sempre motivo de grande alegria.
ResponderExcluirAbreijos
Márcia
Gostei de MASCARADAS, gosto do espaço conquistado dentro do poema, com o uso de parênteses.
ResponderExcluirBom findi,
Francisco Coimbra
Cara Márcia,
ResponderExcluirAqui, em Mascaradas, a esfera do amor, por esfera ser, fecha-se em sí e nada há que seja comentário a fazer, pois veja: "Nada a cobrar ... tudo a pedir .. e dar ... dar-se"
O que haveria de se dizer, exceto:
Márcia: Mil Parabéns! Brilhante!
Beijo
Pedro Da Ros
A procura de um amor, paz.
ResponderExcluirBeijo Lisette
A procura de um amor, paz.
ResponderExcluirBeijo Lisette
Márcia,
ResponderExcluirAdorei o seu belissimo soneto.
Está cheio de ritmo e fechado com com todo o enfase que se deve dar no ultimo terceto.
Parabéns.
Aproveitei para dar uma voltinha aqui no seu Blog e gostei muito do que li.
Se desejar pode ir até ao meu, embora não tenha muito tempo para ele, está amis ou menos em dia, rsrsr.
www.susanacustodio.blogspot.com
Votos de uma boa semana
Beijinhos
Susana
Márcia
ResponderExcluirQue maravilha de construção. É um amor que não "cobra", mas quem pode resistir a tão "sutil" pedido.
Não sei se é um coração apaixonado, ou se é uma paixão que encontrou um sensível coração para habitar.
Bjs,
Paulo R. Bornhofen
Márcia,
ResponderExcluirsempre Márcia. A transportar-nos. Um baile de máscaras, balé em Veneza.
Simplesmente encantador, como os segredos que se vão por trás das fantasias, do coração.
Dois, três goles de licor!
Deus te abençoe,
Caminha
Francisco, grata pela leitura.
ResponderExcluirVolte mais vezes!
Márcia
Obrigada, Pedro! É um prazer vê-lo aqui.
ResponderExcluirAmor não pode ser cobrado, pois que não seria amor de fato. Ele tem de ser livre para crescer e gerar frutos, não é mesmo?
Abraços
Márcia
Paz pra você também, Lisette.
ResponderExcluirBeijos
Márcia
Susana, obrigada pela leitura atenciosa do soneto.
ResponderExcluirTambém já fui visitar seu blog e voltarei mais vezes, viu?
Beijos
Márcia
Paulo, tudo o que é cobrado num relacionamento tem um gosto ruim! O ser amado não aguenta, assim como quem cobra também se sente infeliz. Pedir é tão melhor ;-)
ResponderExcluirObrigada pelo carinho da leitura. Adorei sua visita!
Abraços
Márcia
Caminha, obrigada pela leitura atenta que sempre faz de meus poemas. Esta inte(g)ração é tão importante para o caminhar de nossa obra!
ResponderExcluirUm grande abraço
Márcia
...um forte soneto em viço e cor. Bjos de luz, Grauninha
ResponderExcluirQuerida, muito bom ler agora online o teu Mascarada, soneto que eu gosto tanto.
ResponderExcluirE segue o baile... rs
Mil beijos,
Leila
Grauninha, é sempre tão bom quando você vem aqui! Sinto sua falta.
ResponderExcluirObrigada.
Beijos carinhosos
Márcia
Leila, minha querida, o baile tem que seguir, não é mesmo?
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de vir aqui! Sei de suas inúmeras tarefas e fico toda prosa com suas palavras e sua presença, sempre de extrema importância para mim.
Beijos muitos, com carinho
Márcia
Marcia,
ResponderExcluirque maravilhoso e bem estruturado soneto...
as vezes quando o amor esfria devido a rotina, precisamos de estrategias para reavivá-lo e nada melhor que máscaras que trazem magia e o licor que aquece e embriaga.
bjs
Obrigada por suas palavras, Doroni. Acho que as máscaras, no caso dos bailes, são só pretexto para que se possa libertar a magia que há em cada um de nós.
ResponderExcluirSeja muito bem-vinda a este espaço!
Beijos
Márcia
Cara Márcia,
ResponderExcluirGostei muito do seu texto. Passei hoje, passarei sempre.
Abraços seguidores,
A.
Seja muito bem-vinda, Andreia! Venha sempre que tiver vontade.
ResponderExcluirMárcia
Querida Márcia,
ResponderExcluirsomos todos meio mascarados, guardando a antiga e boa lamparina,
para que ela arda no tempo certo e ilumine na dose necessária. Seu soneto é um cometa cuja cauda deixa rastros inesquecíveis.
Aplausos muitos.
Com Carinho e Amizade,
Regina Coeli/RJ.
Querida Regina, se tem algo que não sei fazer é ser mascarada...e esta minha característica às vezes me bota em cada saia justa!! Ainda assim, prefiro a transparência...rss...
ResponderExcluirHoje você me presenteou com sua presença em algumas postagens e agradeço do fundo de meu coração. Fico muito feliz em lhe ver por aqui.
Beijos carinhosos
Márcia
querida Márcia, obrigada por sua visita no CLIP, e com sua permissão estou levando comigo esse seu lindo poema e publicando hoje no Centro Literário. O seu blog é muito bonito e espero vir visitá-la sempre
ResponderExcluirum grande beijos
Mara Bombo
Mara, é um prazer recebê-la neste espaço. Espero que venha sempre!
ResponderExcluirQuanto ao soneto, fique à vontade para postá-lo no CLIP.
Obrigada por sua gentil mensagem.
Beijo grande
Márcia