Tiraram-me os discos,
meus sonhos jogaram
na lata do lixo.
Deixaram-me os livros,
meus medos guardaram
junto aos meus rabiscos.
As noites que eu tinha
trocaram por dias
às vezes escuros
como o céu sem lua.
E eu me sinto nua:
coito prematuro
beirando a ironia
de uma dor rainha.
© Márcia Sanchez Luz
meus sonhos jogaram
na lata do lixo.
Deixaram-me os livros,
meus medos guardaram
junto aos meus rabiscos.
As noites que eu tinha
trocaram por dias
às vezes escuros
como o céu sem lua.
E eu me sinto nua:
coito prematuro
beirando a ironia
de uma dor rainha.
© Márcia Sanchez Luz
Cara Márcia, mesmo que o tema seja a tristeza ela perda, seu poema é pura música (pungente, sim). Abraços, Pedro.
ResponderExcluirBoa tarde, Marcia. Poema duro, mas sem deixar de expressar os sentimentos.
ResponderExcluirUm beijo
Uma reviravolta na poesia de Márcia. Do soneto ao verso livre, sem perder um talento.
ResponderExcluirExcelente, poeta!
Beijos,
Jorge
Márcia, a ilustração, como um espelho, mostra a essência do poema. Sim, nua sem disfarces, transparente e límpida, como um acorde de violino ferindo a fúria do vendaval.
ResponderExcluirBelo retrato de uma bela mulher, liricamente guerreira.
Beijos.
Obrigada Márcia , por está jóia poética, eu admiro muito os versos livres que você escreve, ficam sempre encaixados dentro do proposto na palavra , e estas estrofe abaixo, ficou brilhante,
ResponderExcluirPARABÉNS
eu estava saudosa de ler sua boa poesia,
As noites que eu tinha
trocaram por dias
às vezes escuros
como o céu sem lua.
Efigenia
[um inventário nunca finalizado, o livro da contabilidade do corpo]
ResponderExcluirum imenso abraço,
Leonardo B.
Saudades de seus versos...
ResponderExcluirAliás, lindos.
Bjos, poeta. Bom final de semana e feriado
Sempre surpreendes com leveza embora tão duras as cadeias
ResponderExcluirda métrica. Enlevas, ensejas.
Márcia,
ResponderExcluirvocê sabe fazer das perdas, jóias preciosas e raras. Tiraram-lhe os discos, mas não lhe tiraram a música, menina! A sua poesia não está nos livros, mas na sua alma, poetisa! Levaram as suas jóias, mas não cortaram os dedos, felizarda!
Parabéns!
Márcia,
ResponderExcluirMesmo lido a correr, um poema que dá prazer de ler!
Vira o soneto de pernas para o ar e tem a vida das imagens que vivem
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coito prematuro
beirando a ironia
de uma dor rainha
»
Um final que fica!
Parabéns, meu abraço,
Francisco
Oi Márcia,
ResponderExcluirChegando por meus dedos! Obrigado por tua forma tão própria e delicada de dar atenção à opinião de teus amigos e leitores.
Só na nota de rodapé confirmei a intencionalidade de inverter a forma soneto, a ideia não passa desapercebida, parabéns!
Beijos
Pedro, a vida é feita de perdas e ganhos. O segredo está em como lidamos com o que nos machuca. Obrigada pelo carinho de seu comentário.
ResponderExcluirAbraços
José Mattos, obrigada por sua presença e por deixar registrada sua impressão sobre o poema.
Abraços
Obrigada, Jorge. Você é sempre muito amável em seus comentários!
Beijos
Caio, obrigada pela leitura cuidadosa e atenta de “Fazendo as contas...”. A ilustração, de fato, conversa o tempo todo com o poema. Adorei o lirismo de suas palavras.
Beijos
Eu é que agradeço por suas palavras, Efigênia. Fico feliz que tenha vindo.
Beijos
Não há como finalizar este inventário, não é mesmo, Leonardo? Grata pela presença e pela mensagem.
Abraços
Claudinha querida, que bom te ver por aqui! Obrigada por seu carinho.
Beijos
Adroaldo, obrigada pela gentileza de suas palavras, que sempre me deixam muito feliz.
Abraços
Mauro, que coisa linda você diz aqui! É isso mesmo...o que temos de mais precioso está dentro de nós. Obrigada por seu carinho.
Abraços
Francisco, sempre digo que o que enriquece a postagem de um poema são os comentários dos leitores. Esta interação é muito gostosa e nos faz mais felizes. Adorei que tenha vindo “por seus dedos” e agradeço a leitura atenciosa que fez deste soneto.
Beijos
Márcia
Marcia!!!
ResponderExcluirComo sempre fico encantada com o que escreves!
É bom ler o que acontece no dentro da gente!
Abraço e palauso,
Gilia
Saiu ABRÇO E PALAUSO....
ResponderExcluirÉ lógico que é APLAUSO!!!!
A emoção foi mais rápida!
Gilia
Márcia,
ResponderExcluirTudo na vida tem seu tempo e o que se vê a nossa volta é bem isso: muitos coitos prematuros.
Maravilha de poema.
Abraços,
Paulo
Márcia gostei D+ do poema
ResponderExcluirUm grande abraço e sucesso
mas nada ninguém pode tirar de você a doce poesia de seus versos
ResponderExcluirESTE POEMA COPIEI NO MEU BLOG:
ResponderExcluirGentileza, meu infante,
não se compra, é pra quem tem;
ser amável, elegante
não custa nada a ninguém.
Gilia querida, fico tão feliz quando vem me visitar!
ResponderExcluirDesta vez, em dose dupla, me fez rir à beça por conta do teclado trocador de letras...você insistiu e ele resolveu comer o "a" de "ABRAÇO"...rss...
Obrigada pelo carinho da visita e das palavras, sempre tão bem-vindas.
Beijos
Márcia
Exatamente, Paulo! É como se a vida tivesse uma urgência insana, que faz com que as pessoas pulem etapas tão importantes do desenvolvimento de cada ser.
ResponderExcluirObrigada pela leitura atenta e pelo carinho de sua presença.
Abraços
Márcia
Meu querido Rogel, assim você me deixa toda prosa, sabia?
ResponderExcluirAcabo de vir de dois de seus blogs: o Rogel Samuel - onde vi minha trovinha destacada - e o Poemas, onde deixei comentário. Belíssimo poema, como sempre.
Obrigada por seu carinho dobrado! Estava com saudades.
Beijos
Márcia
Rodrigo, é um prazer vê-lo aqui. Espero que esta seja a primeira de muitas visitas. Obrigada.
ResponderExcluirMárcia
Desculpe. Não coloquei uma frase como desejava. Assim: 'Uma reviravolta na poesia de Márcia. Do soneto ao verso livre, sem perder um mínimo do seu talento.
ResponderExcluirExcelente, poeta!
Beijos,
Jorge
Gostei da inversão, que muda a reversão de expectativa, querida.
ResponderExcluirBeijos,
Leila
Ainda bem que você voltou e completou seu comentário, Jorge. Como disse à Gilia, às vezes o teclado apronta cada uma conosco...rss... Obrigada, mais uma vez.
ResponderExcluirBeijos
Márcia
Leila, minha querida, você bem sabe o quanto seu comentário é importante.
ResponderExcluirMuito obrigada por ter vindo, apesar de tantos projetos que lhe tomam todo o tempo!
Beijos muitos, com carinho
Márcia
Muito belo o poema...
ResponderExcluirQue bom que deixaram os livros...
Guardamos medos...entre rabiscos...
e a ironia que parece tão otimista.
Um abraço.
Obrigada, Evellyn. Que esta visita seja a primeira de muitas.
ResponderExcluirAbraços
Márcia
Querida Marcia, poetamiga: concordo com Du Bois - sua poesia é música pura. Paz e bem, Grauninha
ResponderExcluirMagno, agradeço a visita e assim que possível vou conhecer seu blog.
ResponderExcluirMárcia
Grauninha querida, sua presença neste espaço é motivo de grande alegria para mim.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho e doçura de suas palavras.
Beijos
Márcia
Marcia,
ResponderExcluirAcho que tudo já foi dito, resta-me concordar com todos e lhe dar os meus parabéns, por sua criatividade.
Beijos.
Ernâni, obrigada pela gentileza de sua visita e comentário. Venha sempre que quiser.
ResponderExcluirAbraços
Márcia
Sem analisar a técnica que não é minha praia,amei o poema.Sinto e quando sinto gosto....Bjssssssss
ResponderExcluirZilda, sentir o poema é o que mais importa - independente da técnica, o que vale é o resultado que ele produz.
ResponderExcluirObrigada, querida.
Beijos
Márcia