quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Auras
Archeological Reminiscence - Salvador Dalí
Queria poder te contar
meus mais loucos sonhos
tão reais devaneios!
Viagens astrais...
Portais emanando a justiça
palidamente escondida
pelas mãos da humanidade
torta, fria, desumana.
Infinitamente maiores
do que jamais vislumbrara
surgem auras, alvas auras!
Leves dançam, giram, voam.
Polidamente me chamam
com natural cortesia.
Sussurram sons cristalinos
como água e vento se amando.
Corre o tempo e o tempo clama
retidão de sentimentos
coração aberto ao vento
lágrimas, doce momento.
© Márcia Sanchez Luz
Do livro: "No Verde dos Teus Olhos", Ed. Protexto, PR, 2007
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Primoroso... O caminho da suavidade tem infinitas vertentes, técnicas e magias. Você nos ensina, sem a mínima aspereza, um deles: através da Poesia.
ResponderExcluirBeijos, minha querida amiga!
Amiga Linda, surpresa mais agradável, tudo aqui está belíssimo, sensível e doce como sempre.
ResponderExcluirUm grande beijo
Mara Bombo
Minha poesia é feita a partir de outros rabiscos, o do desenho; a escrita, só me compete lê-la e ficar intrigado com a capacidade de alguns em fazê-la com sensibilidade e talento. Acredito que deve ter recíproca nisso aí.
ResponderExcluirJoão de Deus Netto do Blog Picinez.
Beijabraço fraterno.
Qurida Marcia: parabens pelo devaneio poético e pela nova roupagem do seu Imaginário. Paz e bem, Grauninha
ResponderExcluirNão foge da atualidade; além de escrever bem, é uma romântica!
ResponderExcluirQue ótimo! Quando se lê poesia, deve ser o belo, gostoso.
Coisa ruim a mídia é cheia!
Carinho,
Jorge
Seu Auras não é inédito, o post já revela.
ResponderExcluirAlgo nestes versos me diz que você estava num momento criativo experimentalista, embora o DNA de sua lavra esteja reconhecível, facilmente. Muito que bem, Márcia.
Levinho... flutuante. Na ponta dos pés... dedo pra cima, na cara do céu. Na outra mão, ponto de interrogação de guarda chuva que nunca se sabe quando vai chover.
ResponderExcluirAbraço.
Conte-nos então, Márcia! Fale-nos de "portais emanando a justiça" que tanto nos faltam.
ResponderExcluirConte-nos de "auras, alvas auras" que tanto precisamos para viver.
Relembre-nos da "natural cortesia" e da "retidão de sentimento" que nas entrelinhas do seu belíssimo poema vc nos presenteia como aconselhamento.
Parabéns!
Bjs, querida Poeta
Olá, Márcia.
ResponderExcluirCada tempo, em seus momentos, a clamar por suas verdades. Hoje de fato o tempo clama por história de retidão, por honestidade. E que se apaguem as hipocrisias e as mentiras de versões que querem suplantar os fatos - desesperados esclarecimentos de última hora. Quem não se compromete com o que fala não se compromete com coisa nenhuma.
Sua poesia, como sempre sua poesia - luz e tranquilidade que transcendem à torta, fria e desumana humanidade.
abraços.
Marco.
Querida Marcia: He visto detenidamente tu Blog O Imaginario y tienes unos sonetos preciosos. Me gusta mucho el dedicado a tu padre, y el de los jazmines y el agua que se derrama es un preciosidad. Me gusta mucho el soneto pues es una de las composiciones poéticas más difícil de componer.
ResponderExcluirMis felicitaciones, amiga mía.
Un beso de
María
Márcia, se aprende contigo
ResponderExcluirpensar liberta, apesar da aferrolhada métrica do soneto.
Querida amiga Márcia!
ResponderExcluirSeu poema é iluminado assim como seu nome...
Da amiga e fã beijos, paz e luz!
Ligi@Tomarchio®
Parabéns pelo poema e pelo blog. Gosto de ler e sempre que posso visito.
ResponderExcluirDesejo um abençoado final de semana.
Obrigada, Caio. Às vezes, até para a sobrevivência emocional, é melhor devanear, sonhar com um mundo diferente do que existe. É um prazer imenso perceber o carinho e atenção de sua leitura.
ResponderExcluirBeijos. Que bom que veio!
Mara, procuro fazer deste espaço um local agradável para receber pessoas queridas como você. Obrigada. Fico muito feliz com seu carinho.
Beijo carinhoso.
Netto, pode ter certeza de que há recíproca. Sua obra é fantástica e nunca me canso de visitar seu blog. Obrigada pelo carinho de suas palavras.
Beijabraços pra você também.
Grauninha querida, como é bom te ver por aqui! Penso que são estes devaneios poéticos que nos fazem sobreviver a tanta falta de ética e humanidade. Dividi-los com você é um grande prazer. Obrigada por seu carinho.
Beijos de luz.
Jorge, infelizmente você tem razão...o que a mídia nos oferece chega a ser vergonhoso, como se nos fosse dado um atestado de burrice.
Não diria que sou romântica...no máximo, sonhadora ;-)
Obrigada pelo carinho de suas palavras.
Beijos
João, diria que estava num momento criativo diferente. A criação surge a partir de nossas experiências e, neste sentido, é sempre experimental ;-). Obrigada por sua presença.
Abraços.
Márcio, estou até vendo a cena...um barato! Já vi que seu comentário virou poema...já pensou se fosse ilustrado pelo Netto?
Obrigada por sua visita.
Abraços.
Lígia querida, uma pena que o mundo esteja tão carente de tais predicados. Mas há também pessoas especiais como você, o que nos dá um alento, uma esperança. Obrigada por sua carinhosa mensagem.
Beijos.
Marco, é muito bom ter sua companhia neste espaço. Você sempre chega somando, viu? Agradeço por sua leitura extremamente inteligente e cuidadosa de "Auras" e pelo carinho com que trata minha poesia.
Um grande abraço.
María querida, também gosto muito de compor sonetos. É um desafio que resulta num grande prazer!
Agradeço, do fundo do coração, pelo carinho de suas palavras e por sua leitura cuidadosa e atenta.
Um beijo carinhoso.
Adroaldo, é por aí mesmo...o pensamento é fundamental no processo de libertação.
Obrigada, poetamigo.
Ligia querida, obrigada por sua presença assim tão carinhosa.
Beijos, com carinho.
Lucy, é um prazer recebê-la aqui. Obrigada por seu carinho, querida. Tenha você também um final de semana de muita paz e luz.
Beijos.
Gostoso de ler, beijo Lisette.
ResponderExcluirBoa noite querida Márcia, estou saudosa da sua boa poesia e de sua pessoa, então aqui vim ler voce, e encontro belos versos na poesia " AURAS" , é sempre gratificante abrir seu Blog e ler, com afeto,
ResponderExcluirEfigenia
Márcia,
ResponderExcluirparabéns, você sempre surpreende os seus leitores. Que poema lindo!
Mauro Lúcio de Paula
Lisette, é sempre um prazer receber sua visita!
ResponderExcluirBeijos.
Efigênia, obrigada pelo carinho de suas palavras.
Beijos.
Mauro,desculpe o atraso em responder ao seu comentário, mas os dias têm sido de correria, infelizmente. Agradeço pelo carinho de sua visita e pela generosidade de suas palavras.
Um abraço.
Me encantei com seu blog.
ResponderExcluirSe permites, estarei sempre a visitaresse espaço com muito carinho..
Preciosa Maria
É um prazer tê-la aqui, Preciosa Maria. Obrigada e venha sempre que tiver vontade.
ResponderExcluirMárcia