© Márcia Sanchez Luz
(Img:
Lucidez I, Gustavo Saba)
Eu te agradeço porque me
cedeste
o corpo inteiro numa
entrega mútua,
em que o prazer em sua
forma agreste
rompeu de nossos corpos
seiva fátua.
Insana gratidão a que me
presta!
Pois se foi mútua, por
que agradeceste?
Nesta paixão arrebatada
e farta
não tem calor que não se
manifeste!
Mas assim mesmo eu quero
te dizer
que pude ser teu rei e
teu vassalo
no instante em que tu
foste minha amante.
Que seja então prazer a
florescer
dentro de nossas almas!
O que exalo
é fruto deste amor inebriante.
(Do livro “Porões Duendes”)
Lindo, sempre com obras de palavras brilhantes num significado mágico !
ResponderExcluirParabéns :)
Obrigada, Morgado! Fico muito feliz com suas palavras.
ExcluirO soneto, arquitetura, exige perícia de joalheria: um movimento em falso e ele se desmancha. Márcia domina a forma com maestria, mas, é no explendor etéreo do conteúdo de onde tira, de qualquer elemento, o mais cristalino brilho...
ResponderExcluirCaio, concordo com o que diz a respeito do soneto e agradeço pela gentileza de suas palavras, que muito me emocionam.
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