
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
(Des) União
© Márcia Sanchez Luz

(img: Womenstudio - Christian Coigny)
Como é que eu posso amar-te assim, meu bem,
se quando estou contigo não te quero
e quando tu te ausentas eu te espero
e sonho que no amor não há desdém?
Chegas faminto, imploras, me diz – “Vem,
preciso de teu corpo” – em desespero.
Sei bem que é grande a fome e que és sincero,
mas isto é pouco. Quero amor também!
Sei que é difícil constatar o fato
de que a distância nos faz mais amantes
do que é possível quando estamos juntos.
Não sei como lidar com o que constato!
Se estamos próximos, mas tão distantes,
por que continuamos, me pergunto.
se quando estou contigo não te quero
e quando tu te ausentas eu te espero
e sonho que no amor não há desdém?
Chegas faminto, imploras, me diz – “Vem,
preciso de teu corpo” – em desespero.
Sei bem que é grande a fome e que és sincero,
mas isto é pouco. Quero amor também!
Sei que é difícil constatar o fato
de que a distância nos faz mais amantes
do que é possível quando estamos juntos.
Não sei como lidar com o que constato!
Se estamos próximos, mas tão distantes,
por que continuamos, me pergunto.
domingo, 2 de outubro de 2011
Solidão dos quereres
© Márcia Sanchez Luz
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Flor Anciã - soneto de Márcia Sanchez Luz
© Márcia Sanchez Luz
Espero-te em meu barco de manhã,
depois que a brisa e o canto se encontrarem
e te contarem sobre a flor anciã,
que fez meus olhos toda a dor secarem.
Espero-te em silêncio, no amanhã,
depois que a sombra fria e o ardor findarem.
E que tu venhas me encontrar, Titã,
mesmo se sol e lua te ofuscarem.
Então eu poderei de amor falar!
E nem que seja só por um instante,
bastar-me-á que saibas me escutar.
E vais me compreender e me beijar!
Da flor anciã guardei esta semente,
para que sintas Eros te embalar.
*Do livro "Porões Duendes"
![]() |
(Img: Eros e Psique - Antônio Canova) |
Espero-te em meu barco de manhã,
depois que a brisa e o canto se encontrarem
e te contarem sobre a flor anciã,
que fez meus olhos toda a dor secarem.
Espero-te em silêncio, no amanhã,
depois que a sombra fria e o ardor findarem.
E que tu venhas me encontrar, Titã,
mesmo se sol e lua te ofuscarem.
Então eu poderei de amor falar!
E nem que seja só por um instante,
bastar-me-á que saibas me escutar.
E vais me compreender e me beijar!
Da flor anciã guardei esta semente,
para que sintas Eros te embalar.
*Do livro "Porões Duendes"
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Spleen
© Márcia Sanchez Luz
Por que vivo com saudades
© Márcia Sanchez Luz
![]() |
(Imagem: Elegance, de Itzchak Tarkay) |
Por que vivo com saudades
de quem jamais encontrei?
Será que existe uma lei
que impeça a festividade
no encontro de afinidades?
A vida é cheia, bem sei,
de tristezas. Já vaguei
atrás da felicidade e nunca pude encontrar
no ar, na terra ou no mar,
um sentir tão fragoroso
que, mais que o amor, é gostoso
(pois brejeiro e misterioso)
como a brisa a me afagar.

sábado, 2 de julho de 2011
Turbilhão no céu - Soneto de Márcia Sanchez Luz
sábado, 18 de junho de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Cantiga para aliviar a dor
Teu sofrimento dói em mim também,
mas teu sorriso me faz rir da vida,
que tanto precisamos. É dorida
a falta do carinho de outro alguém!
Cuido de ti, prometo que não vais
sofrer na escuridão, chorar de dor
nem quando a morte der os seus sinais.
De solidão, eu nunca vou deixar
sentires frio, sob o cobertor:
sempre estarei aqui pra te afagar.
© Márcia Sanchez Luz
![]() |
Img: Espanha, Salvador Dalí |
Teu sofrimento dói em mim também,
mas teu sorriso me faz rir da vida,
ter esperança que há de haver saída
para a tristeza que nos faz reféns
de nossos pares que por vezes nem
nos olham com os olhos de acolhidaque tanto precisamos. É dorida
a falta do carinho de outro alguém!
Cuido de ti, prometo que não vais
sofrer na escuridão, chorar de dor
nem quando a morte der os seus sinais.
De solidão, eu nunca vou deixar
sentires frio, sob o cobertor:
sempre estarei aqui pra te afagar.
© Márcia Sanchez Luz
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Partitura
Sem mim, amor, eu sei que sentes frio.
Quando estou perto, abraço-te em meu peito
e deixo que me afagues do teu jeito
até que nos tornemos um só rio
imenso, cor violeta, luz, delírio!
Podemos contemplar de nosso leito
o brilho que irradia o som perfeito
da melodia escrita em desvario.
Por horas em silêncio nós ficamos
a recordar aquele breve instante
de amor intenso, cavalgar pulsante
de corpos que se perdem da razão.
Agora sei que é o fim da escuridão
que tanto nos tomou de desenganos.
© Márcia Sanchez Luz
![]() |
WomenStudio_104 - Christian Coigny |
Sem mim, amor, eu sei que sentes frio.
Quando estou perto, abraço-te em meu peito
e deixo que me afagues do teu jeito
até que nos tornemos um só rio
imenso, cor violeta, luz, delírio!
Podemos contemplar de nosso leito
o brilho que irradia o som perfeito
da melodia escrita em desvario.
Por horas em silêncio nós ficamos
a recordar aquele breve instante
de amor intenso, cavalgar pulsante
de corpos que se perdem da razão.
Agora sei que é o fim da escuridão
que tanto nos tomou de desenganos.
© Márcia Sanchez Luz
segunda-feira, 14 de março de 2011
Poeta - soneto de Márcia Sanchez Luz

Imagem: Márcia Sanchez Luz
Sou da palavra a chama que descreve
e alisa e abraça as causas mais diversas.
Se for de outrem a dor que não prescreve,
faço-lhe minha amante mesmo em trevas.
Se acaso o sopro me lançar à verve
de uma cantiga envolta em densas névoas,
deixo a cadência se verter bem breve
e transformar em flor dores primevas.
Mas se no equívoco da fantasia
eu acordar de um sonho desvalido,
não vou chorar – conheço a ventania!
Sei que adiante a luz que outrora havia
vai ressurgir até no amor premido
por uma febre ardendo em demasia.
© Márcia Sanchez Luz
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Acalanto

The Bridge - Inga Nielsen
Eu amo como quem deita no chão
e fica olhando estrelas no relento.
A calma chega em forma de acalento
e assim me entrego inteira a uma ilusão
de que aguardar-te não vai ser em vão.
Bem sei que tu me queres e, sedento,
nem vais me perguntar se espero o vento
trazer-me a paz em forma de canção.
Por vezes este amor me varre os dias
como uma tempestade em pleno estio
a me afogar em medos e fobias.
Por outras ele acorda meus instintos,
me faz valente, sem temer o frio
das noites invernais de afetos findos.
© Márcia Sanchez Luz
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