segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Desgosto Inútil



Se em mim corrói a idéia de não ser
do mar a presa em prantos se esvaindo
Se em tudo o quanto ainda creio haver
desgosto inútil, vão, da dor provindo

Se acaso for então o que abomino
nas minas traiçoeiras do destino
Meu fado e minha sina hão de buscar
a justa explicação pra abalizar

O que não tem remota ausência em ti
nem som de acrobacia eletrizante
que soe como a breve e elegante

Partida em tom menor do que sofri
ao ver o que não quis, altissonante,
trazido a mim em morte delirante.


Márcia Sanchez Luz ©

Um comentário:

  1. Belo soneto, cara Márcia. Desculpe a demora para dar as caras por aqui, mas saiba que serei visitante assídua (na medida do posssível).. rsrs

    Abraço!

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