Será que nesta vida tão doída
Existe algum lugar que delimite
A perda que maltrata em despedida
E a voz que sempre fere e impõe limite?
Não sei qual a razão de tanta lida
se o que magoa enfim não nos permite
banir o açoite turvo na acolhida
das noites, no silêncio que se omite!
Burlar a escuridão é desvario:
o claro que se apaga e mostra a dor,
não vai trazer a paz – é luta em vão!
Postergo e avilto a morte, fantasio
que tudo enfim será cultivador
de um mundo desprovido de aflição.
© Márcia Sanchez Luz
Parabéns pelos poemas. São Belíssimos.
ResponderExcluirSoneto é minha forma preferida. Faço alguns também, se tiveres tempo dá uma passadinha no meu blog.
Abraço.
Pierre Garay Costa
Parabéns pelo soneto. Márcia, ainda fico surpreendido com esta forma poética sobreviver nos dias de hoje. Somente uma poetisa do seu quilate para se expressar poeticamente num soneto. Camões deve estar feliz, nós pobres colonizados, usamos o soneto para expressar as nossas angústias e aflições.
ResponderExcluirSalve,
Mauro
Poetia e Amiga Márcia meus parabéns e agradecimento por me permitir usufruir de momentos mágicos nesse seu espaço...bjus
ResponderExcluirCertas poesias tocam com sua beleza a minha alma, essa é uma delas, parabéns poetisa Márcia por tão rara beleza....bjus
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